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Vem conhecer-me.

Vem conhecer-me.

Trabalho

Estava tudo cinzento. Os olhos dela, o sorriso dela, os sonhos dela. Ela já não sentia o ritmo da vida. Era ela e o nada. Ela e a solidão a quem ela já com a imaginação cinzenta chama de grey. Era a unica pessoa, se é que se pode chamar de pessoa, com quem ela falava. Já não ligava aos amigos, já não queria saber do irmão, já não falava com as letras. Já não gostava do quarto da sua cor favorita, ou pelo menos a que fora em tempos, já so queria tudo preto, preto para poder ver a sua amiga e preta como se sentia por dentro. Não lhe falta nada, ou pelo menos era o que todos pensavam. Tinha dinheiro, tinha familia, tinha estudos. Ela sabia bem o que tinha mas não queria mais saber disso. Queria ser feliz, com um trabalho que a ocupasse 24/7, que a fizesse esquecer dele, que a fizesse esquecer de todos, que a fizesse lembrar no que ela é boa e no que a faz feliz. Era viciada em trabalho o que a tornava cinzenta e fechada. Porém, essa era ela. A pessoa que ninguem aceitava ou que todas as pessoas rejeitavam. A rejeição era gigante assim como o periodo de ferias dela. Era obrigada a tirá-las. Foi promovida montes de vezes e sempre se sentiu obrigada a desistir dos seus cargos. Davam pouco trabalho. Gosta de ler e sentir-se poderosa ao saber que ninguem é tão bom como ela a fazer o seu trabalho. Atingia os objetivos todos os meses, alias, ela atingia-os todos os dias.  Não queria saber se era de noite ou de dia, se era inverno ou verão desde que tivesse o seu computador para trabalhar estava tudo bem, e claro... Se tivesse o seu montinho de trabalho para fazer estava tudo bem.  Ou pelo menos achava ela.. 

Seria mesmo feliz? Assim? Sem amor, sem nada? Feliz ou não era a vida dela. O trabalho afastava os pensamentos deprimentes dela. Ela já tinha posto todas as hipoteses de desaparecer nas férias, mas quando voltou ao trabalho renasceu um pouco. E a partir daí sempre que a chamavam de cinzenta ela passou a responder: Antes cinzenta do que morta. 

Até que um dia um rapaz a ouviu responder isso e disse: Que piada tem viver num mundo sem cor?...

Ela sem saber o que responder começou a correr desalmadamente e não aguentou mais.

E caiu. Foi feliz.

Decifraste-me

Cabelo solto, olhos nos olhos, sem t-shirts, sem musica, so te oiço a ti a respirar, abraças-me e fazes-me feliz. Elevas-me e beijas-me já não dá para conter o quanto te amo. Estou a confiar-te tudo mas não quero saber. Somos só os dois e tens mais uns arranhões nas contas. Somos só os dois e já sinto o teu corpo no meu. Estamos os dois e já só sinto que somos um. Há uma melhor definição para isto do que amor? 

O teu sorriso transforma-me de forma tal que só sei sorrir tambem. És contagiante. Já não sei se és mesmo ou se são efeitos secundários do amor. És a indireta que todas gostavam de levar. Fazes-me sentir uma pita feliz que já não sabe se é tão pita assim depois de te conhecer. Fazes-me sentir que és um ilegal nesta lei do amor mas que eu adoro correr o risco por. Sei que o meu amo-te te põe mais na linha assim como o teu olhar me mete em sentido.

De resto só tenho a dizer-te a verdade...

Decifraste-me. 

 

É que...

Eu quero dizer que estou desiludida mas que te quero aqui. Quero dizer-te que so a ti pertenço. Quero fazer-te a vontade mas não quero faze-lo porque me vai magoar ou sei que nao vou gostar do resultado. Não sou obsessiva mas tenho medo sempre que sais de ao pé de mim. Tenho medo que alguem te encante mais do que eu te encanto ou alguma vez te vou encantar. Terei sempre medo que os teus olhos olhem para outra de uma maneira mais brilhante do que olham para mim. Tudo o que quero dizer é que te amo.