Now, a Conqueror
Só vejo pratos e sangue. Nas minhas mãos só escorre sabão e na minha cara sangue, nem lágrimas já saem, doi demais para sair. Doridos estão os meus braços. Negras estão as minhas pernas. Os teus punhos também devem estar doridos, os teus dedos também devem ter sangue, sangue meu. Os teus ouvidos estão fartos de gritos e os meus fartos de promessas. Gritos meus, gritos dos meninos. Promessas de "foi só uma vez", de " não volta a acontecer". Penso que se me tocas mais uma vez desapareço, se os meninos virem mais uma vez as minhas marcas vão odiar-te para sempre.. Isso não te faz odiares-te? Não te faz queres ir embora? (por favor diz que sim). Amei-te tanto que as minhas marcas já não desparecem mais. São marcas do que fomos, marcas de ti. Os meninos. É tudo o que penso. Lembrar-se-ão eles do que és no futuro? No presente não vais mais estar. Não posso. Não quero. "Estou, daqui é da apav, precisa de ajuda?".
E foi tudo melhor.
Um tributo a todas as corajosas que se livram dos maridos que lhes batem.